quinta-feira, 16 de abril de 2009

DE QUEM É A RESPONSABILIDADE DE EDUCAR E ENSINAR?

Prezados companheiros pedagogos e demais profissonais do magistério, o que acham da nomenclatura: EDUCADOR ou somos na realidade professores? Leiam meu comentário de uma matéria postada pela professora Zeni, atenta com os modismos da EDUCAÇÃO.

Ao ler o artigo da professora Iracélia Zeni comprovei o que já havia pensado nos meus poucos anos de magistério – que o professor não deve abdicar dos seus valores como tal para dar lugar à responsabilidade que é peculiar e dever dos pais – o dever de educar bem os seus filhos para enfrentarem o mundo como bons cidadãos. A verdadeira educação da criança em idade escolar ou não, é de inteira responsabilidade dos pais; na verdade todos podem ser bons educadores sem que freqüentem uma academia de ensino, pois, os valores morais podem ser transmitidos em quaisquer ambientes em que o homem viva; a EDUCAÇÃO pode ser dada por qualquer cidadão. Já o papel do PROFESSOR é o de transmitir conhecimentos que servirão para que o aluno enfrente nos futuros anos de suas vidas os desafios que lhes serão impostos com a diversificação da tão exigente mão-de-obra qualificada nestes tempos modernos. E nesse contexto o professor poderá dar orientações práticas desde que essas orientações não detraiam os conteúdos que lhes foram propostos na série em que ele estiver ministrando aulas. A insubordinação e indisciplina de muitos alunos nos “porões” das escolas tem servido para que os conteúdos projetados ou propostos pelas Secretarias Estadual e Municipal não sejam alcançados, já que o tempo que os professores teriam para ENSINAR é perdido em grande parte por eles na tentativa de disciplinar os alunos e fazê-los prestarem atenção. Às vezes sinto o antegosto da frustração por saber que quase toda esfera educacional deposita essa responsabilidade ao professor comprometendo a qualidade da educação – ainda encontramos aqueles que questionam criticamente a ação do professor quando o mesmo utiliza-se de imperativos com o aluno; esses críticos tem uma visão equivocada desses profissionais que tem compromisso moral, domínio de sala, conteúdos, e que procuram sustentar-se naquilo que foram formados, diga-se de passagem, não somente para terem suas remunerações garantidas a cada final de mês, mas que fazem tal trabalho desgastante com uma espontaneidade sem precedentes. Não morro de amores e tampouco sou subversivo com os “pensantes”, tutores de cursos e gestores escolares, que dizem querer uma educação de qualidade, mas que na realidade apenas “maqueiam” as prováveis perspectivas em novas nomenclaturas e que correm atrás de alcançarem índices impostos pelos órgãos financiadores da educação, mas que verdadeiramente tem nas entrelinhas de seus desejos, livrar-se de suas responsabilidades urgentemente, colocando esses alunos num tempo hábil fora das salas de aula despreparados e sem conhecimento. Uma prova contundente disso são os vários projetos de tirar o aluno com distorção de idade-série em tempo recorde sem que o mesmo tenha sequer o mínimo de conhecimento, ficando aquém do saber e muito mais ainda, longe da possibilidade de entrar numa faculdade. Não acredito nos modismos, acredito na possibilidade de se ter uma educação de qualidade implementada por PROFESSORES qualificados e habilitados para imprimir um ritmo dentro da perspectiva de ensinar aos alunos que realmente querem obter conhecimento e não achar que a escola tem apenas atrativos ( como por exemplo a merenda diária)que os farão está sempre ali com suas indisciplinas como quem está à deriva no mar do conhecimento.
Comentários sobre o artigo da Professora Iracélia Zeni pelo Professor Francisco Braga, licenciado em Pedagogia e pós-graduado em Literatura Infantil pela UFAC.

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